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Mini entrevista com o jornalista musical Igor Miranda

Mini entrevista com o jornalista musical Igor Miranda

Jornalista conversou novamente com a Confraria Floydstock.

Há 3 anos, em plena ascensão, era já uma referência dentro do jornalismo musical brasileiro, especialmente dentro do universo do rock e metal.

Nessa época, Igor Miranda, responsável pelo igormirandasite.com.br , co-fundador da Van do Halen, redator efetivo do Whiplash.Net e editor-chefe da revista Guitarload, gentilmente concedera uma muito bacana entrevista aqui para a Confraria Floydstock. (LEIA AQUI).

LEIA TAMBÉM: Van do Halen: entrevista com o jornalista musical João Renato Alves.

Agora, com um volume de trabalho muito maior e milhares de seguidores a mais, ele novamente reservou um tempinho para nos responder cinco perguntas, numa mini-entrevista.

Confira nas linhas abaixo:

1 – Boa tarde. Primeiramente o meu muitíssimo obrigado por você novamente doar um pouco do seu tempo para responder mais algumas perguntas da Confraria Floydstock.

Estamos (pensando positivamente) chegando no fim da pandemia da COVID-19. O show business sofrera um baque enorme nesses 2 anos últimos, mas como você mesmo tem divulgado, os shows estão sendo gradativamente remarcados para 2022. Como você acha que será esta retomada, os artistas e bandas apostarão veementemente, cada vez mais, nos concertos e agora nem tanto nos materiais de estúdio? Como você vê o mundo da música pós-pandemia?

Sou eu quem agradeço pelo convite, é sempre bom trocar uma ideia com um amigo, especialmente para publicação em um site parceiro.

Acho que a retomada será como já estamos observando: todo mundo ao mesmo tempo. A demanda por shows será maior. Ninguém vai querer ficar parado em 2022.

Acredito até mesmo que teremos muitos álbuns sendo lançados. Em 2021, senti que o número de discos divulgados foi maior do que em 2020, onde ainda vivíamos um período de muitas incertezas. E provavelmente vários artistas gravaram materiais durante a pandemia, mas não lançaram ainda e estão segurando para 2022.

Mas é difícil fazer qualquer projeção com segurança, porque a situação pode mudar conforme cada região. Há turnês nos Estados Unidos e Europa sendo adiadas agora devido ao avanço da variante Delta. O próprio Sepultura postergou suas datas no continente europeu em função disso. Então, por mais positivos que pareçam ser os próximos meses, não dá para cravar nada.

2 – Neste cenário, para você a situação dos artistas iniciantes no Brasil e no mundo, quanto à divulgação e expansão de seus trabalhos tende a melhorar?

Acho que não muda muita coisa em termos de divulgação e expansão.

Logicamente, para os artistas, é bom estar na estrada. É a forma mais precisa de se ganhar dinheiro com sua música, tendo em vista que as plataformas de streaming não pagam bem e pouca gente compra mídia física nos dias de hoje.

Entretanto, a divulgação virtual, quando bem feita, rende frutos inimagináveis. E há o acaso. Se falássemos em 2020 que uma banda como o Maneskin tocaria no Rock in Rio 2022, seríamos taxados de loucos – mas eles vão. Houve um “empurrão” do Eurovision, mas a popularidade deles basicamente gira em torno da internet, de trabalhos virais, de pensar a música além do musical.

O que a volta aos palcos representa é, acima de tudo, o restabelecimento da renda dos artistas. Como aparato de divulgação, nem tanto.

3 – Falando em iniciantes, o que de novo você tem ouvido e gostaria de recomendar?

Sempre estou buscando novidades, até mesmo para o trabalho em meu site, com a playlist de lançamentos e o calendário de álbuns que são divulgados semana a semana. Mas vou destacar artistas que comecei (ou voltei) a ouvir em 2021 e que, em minha opinião, merecem destaque.

– Inglorious, excelente banda de hard rock do Reino Unido (e com um baixista brasileiro), que tem apostado mais no peso e disponibilizou o disco “We Will Ride”;

– Mammoth WVH, projeto de Wolfgang Van Halen, que liberou seu trabalho homônimo de estreia e arrebentou em turnê com o Guns N’ Roses;

– Cardinal Black, uma dessas descobertas aleatórias de plataformas de streaming que te puxam pelo cabelo, que publicou um EP homônimo;

– The Moon City Masters, banda nova-iorquina que cheira a anos setenta e virou sensação no streaming aqui no Brasil, com seus singles divulgados a cada dois meses;

– The Georgia Thunderbolts, ótima banda de southern rock, que lançou seu álbum de estreia “Can We Get a Witness” há pouco tempo;

– The L.I.F.E. Project e Paralandra, ambos projetos com a vocalista Casandra Carson, que canta muito (o primeiro também traz Josh Rand, do Stone Sour);

– Black Pumas, que não chegou a lançar nada em 2021, mas é uma das melhores coisas que descobri nos últimos anos;

– E por último, mas não menos importante, The Dead Daisies, agora com Glenn Hughes e responsável por um dos melhores álbuns que ouvi neste ano: “Holy Ground”.

4 – Após muito tempo cobrindo intensamente o universo do rock (e você ainda o faz), quem lhe segue provavelmente percebeu que você vem abrindo bastante o leque e expandindo suas publicações pelos diversos estilos musicais. Como foi este processo? Isso se deu naturalmente ou em algum momento você refletiu e decidiu sobre tal mudança?

Foi um processo natural, mas gradual. Sempre quis abordar outros gêneros musicais e até mesmo falar sobre outras expressões artísticas, como cinema e literatura, bem como pautas que conectem a música ao contexto sócio-político no qual estamos inseridos. Mas como falo sobre rock e metal na internet desde 2007, tenho um público que me acompanha exclusivamente por isso.

Aos poucos, fui identificando os outros gêneros admirados por esse público já formado, fiz o “pareamento” com o meu gosto pessoal e comecei a expandir o leque.

Hoje em dia, embora o rock e o metal deem a tônica do meu trabalho, já não me limito mais a isso. Também falo sobre pop, blues, jazz, MPB, filmes, séries, livros, instrumentos musicais, produção musical… abordo o que der na telha, o que eu sentir que é relevante/interessante para meu público e o que eu me sentir seguro para abordar com precisão.

5 – Pra fechar, uma mais descontraída: o igormirandasite.com.br está sempre informando quase que em tempo real tudo o que acontece no meio musical. Você produz tudo sozinho, né? Como você consegue ser rápido no gatilho da informação sem deixar a qualidade cair? Tem um chip na cabeça? (risos)

Por incrível que pareça, não produzo tudo sozinho há algum tempo, já que preciso me dividir entre outros projetos – também atuo como redator efetivo do Whiplash.Net e editor-chefe da revista Guitarload.

Dessa forma, tenho colaboradores que atuam comigo no IgorMiranda.com.br: André Luiz Fernandes, no site e nas redes; João Renato Alves (Van do Halen), no site; minha esposa, Cínthia Villarrubia, nas redes; Pedro de Hollanda e João Marcello Calil, na transcrição e tradução de entrevistas; além de colaboradores esporádicos (e teremos mais novidades quanto a isso nos próximos tempos). Foi necessário expandir para gerar um volume maior de conteúdo.

No entanto, tudo o que está em IgorMiranda.com.br (site, redes sociais e YouTube) passa por mim – seja ao pautá-lo, seja ao editá-lo. A ideia é deixar a produção com a linguagem e a dinâmica que me acostumei a entregar para o meu público, mesmo que a redação (que é apenas uma das etapas do processo) não seja de minha assinatura.

Aliás, deixo sempre claro que tudo isso é feito em prol do público, a quem sempre devo eternos agradecimentos por acompanhar o que faço. Há uma ponta de satisfação pessoal em trabalhar com o que gosto, mas nada disso seria possível sem ter pessoas consumindo o conteúdo que produzo.

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